A hanseníase é uma doença crônica, transmissível, de notificação compulsória e investigação obrigatória em todo território nacional.
Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil ocupa o segundo lugar no ranking de países com mais casos da doença, que pode acometer pessoas de ambos os sexos e de qualquer idade. Dia 27 de janeiro é conhecido como o Dia de Enfrentamento da Hanseníase.
A hanseníase possui como agente etiológico o Micobacterium leprae, bacilo que tem a capacidade de infectar grande número de indivíduos, e atinge principalmente a pele e os nervos periféricos com capacidade de ocasionar lesões neurais, conferindo à doença um alto poder incapacitante, principal responsável pelo estigma e discriminação às pessoas acometidas pela doença.
A transmissão da hanseníase ocorre quando uma pessoa com hanseníase, na forma infectante da doença, sem tratamento, elimina o bacilo pelas vias aéreas superiores (mucosa nasal e orofaringe), por meio de contato próximo e prolongado.
O período de incubação é bastante longo. Geralmente, dura em média de 2 a 7 anos.
O diagnóstico de caso de hanseníase é essencialmente clínico e epidemiológico, realizado por meio do exame geral e dermatoneurólogico para identificar lesões ou áreas de pele com alteração de sensibilidade e/ou comprometimento de nervos periféricos, com alterações sensitivas e/ou motoras e/ou autonômicas.
A hanseníase tem cura e o diagnóstico precoce é um fator importante de prognóstico para o paciente.
O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza o tratamento e acompanhamento da doença em unidades básicas de saúde e em referências.
Os medicamentos são seguros e eficazes. O paciente deve tomar a primeira dose mensal supervisionada pelo profissional de saúde. As demais são auto-administradas. Ainda no início do tratamento, a doença deixa de ser transmitida. Familiares, colegas de trabalho e amigos, além de apoiar o tratamento, também devem ser examinados.
*Com informações do Ministério da Saúde