Outubro é mês de causas importantes para a saúde. As campanhas com layout em rosa, realizadas por instituições de saúde, governo e empresas – tanto em postos de trabalho, quanto na internet – nos fazem lembrar da importância do diagnóstico precoce na luta contra o câncer de mama. Mas outubro também quer nos lembrar sobre uma doença inflamatória crônica que acomete cerca de dois milhões de brasileiros. No dia 12 deste mês, foi comemorado o Dia Contra a Artrite Reumatoide.

O que é Artrite Reumatoide?

É uma inflamação das articulações, provocada no sistema de defesa do organismo. Seus sintomas envolvem dor, inchaço, calor e vermelhidão. Joelhos, tornozelos, cotovelos, punhos, pés e mãos são as articulações mais atingidas. Quem sofre de artrite reumatoide costuma ter rigidez matinal, fadiga e, com o avanço da doença, pode haver a destruição da cartilagem articular, o desencadear de deformidades e até mesmo incapacitar o paciente de realizar suas atividades diárias.

Como é feito o diagnóstico?

Segundo o Ministério da Saúde, o diagnóstico acontece quando pelo menos 4 dos seguintes critérios estão presentes por pelo menos 6 semanas:

– rigidez nas articulações no período da manhã, com duração de pelo menos 1 hora

– artrite em pelo menos três áreas articulares;

– artrite de articulações das mãos, punhos, articulação do meio dos dedos e entre os dedos e a mão;

– artrite simétrica (por exemplo, no punho esquerdo e no direito);

– presença de nódulos reumatoides;

– presença de Fator Reumatoide no sangue;

– alterações radiográficas em mãos e punhos.

Quando realizado de forma precoce, o diagnóstico, bem como início imediato do tratamento, são fundamentais para o controle da doença, possibilitando que o paciente possa desempenhar suas atividades e retornar ao estilo de vida normal assim que viável.

Exames laboratoriais podem ser solicitados pelo médico para identificação do fator reumatoide, que pode ser encontrado em cerca de 75% dos casos já no início da doença (de acordo com Sociedade Brasileira de Reumatologia), de outros anticorpos e alterações. Exames de imagem como radiografia, ultrassom e ressonância magnética também podem ser solicitados após avaliação clínica.

Qual é o tratamento?

O tratamento é realizado por meio de medicações, como anti-inflamatórios e corticóides, a depender do estágio da doença. Alguns pacientes podem receber a recomendação de tratamentos cirúrgicos como a sinovectomia para sinovite persistente e resistente ao tratamento conservador, artrodese, artroplastias totais, etc. Realizar sessões de fisioterapia e terapia ocupacional podem auxiliar na continuação ou retomada das atividades diárias do paciente.

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Fonte: Saúde Abril, Ministério da Saúde e Sociedade Brasileira de Reumatologia.