O câncer do colo do útero, classificado como o terceiro tipo de câncer mais comum entre as mulheres, é uma realidade que pode ser enfrentada com o auxílio dos exames de imagem. Apesar de sua incidência, é importante ressaltar que as alterações iniciais podem ser identificadas de maneira precoce através de exames preventivos e investigativos.

O câncer do colo do útero, uma condição que se desenvolve gradualmente ao longo de vários anos, possui um aspecto animador: as primeiras mudanças podem ser identificadas por meio do exame preventivo conhecido como Papanicolau. O exame, que consiste na análise das células cervicais, possibilita a detecção de lesões precursoras do câncer, mesmo antes de quaisquer sintomas se manifestarem. É um passo crucial na batalha contra o câncer do colo do útero, uma vez que o diagnóstico nos estágios iniciais aumenta substancialmente as chances de cura, chegando a alcançar a marca de 100%.

Junto ao Papanicolau, os exames de imagem exercem um papel fundamental no processo de suspeita e confirmação da doença:

• Ultrassonografia Transvaginal: Utilizada para avaliar o colo do útero, útero e ovários, esse exame utiliza ondas sonoras para identificar anomalias estruturais, como tumores ou cistos, possibilitando a identificação do câncer em estágios iniciais.
• Colposcopia: Quando o resultado do Papanicolau apresenta alterações, a colposcopia entra em cena. Essa técnica utiliza um colposcópio para ampliar a visualização do colo do útero, permitindo ao médico examinar as células cervicais em detalhe e identificar áreas suspeitas para biópsia.
• Ressonância Magnética (RM) e Tomografia Computadorizada (TC): Esses exames são empregados para avaliar a extensão do câncer do colo do útero para órgãos vizinhos, bem como para detectar possíveis metástases em linfonodos ou órgãos distantes.

A integração dessas informações auxilia os profissionais de saúde a desenvolverem um plano de tratamento personalizado para cada paciente.

Vale ressaltar que uma das principais causas do câncer do colo do útero é a infecção pelo HPV (Papiloma Vírus Humano). Essa infecção sexualmente transmissível é um fator de risco relevante, tornando essencial adotar precauções para evitar a contaminação. A iniciação sexual precoce, histórico de múltiplos parceiros, tabagismo e má higiene íntima são fatores que podem aumentar o risco de infecção pelo HPV.

No Brasil, o câncer do colo do útero é um dos tipos mais frequentes entre as mulheres. Em 2023, foram estimados cerca de 17.010 novos casos, o que representa uma incidência de 13,25 casos a cada 100 mil mulheres (INCA, 2022). Diante desses números, a conscientização sobre a importância dos exames de imagem se torna uma ferramenta vital na prevenção, diagnóstico e tratamento bem-sucedido dessa doença.

Fontes> Vencer o Câncer – INCA – Ministério da Saúde –