Mal poderíamos imaginar o turbilhão de acontecimentos que iriam impactar nossas vidas em março de 2020, com a pandemia da Covid-19. Enquanto algumas mudanças foram emergenciais e, portanto, passageiras, outras se enraizaram e mudaram culturas. Entre elas, a adoção do trabalho híbrido ou integralmente remoto por parte das empresas e organizações.
No começo, essa transição abrupta e não planejada provocou uma enxurrada de memes e vídeos engraçados na internet. Contudo, com o passar do tempo, essa circunstância imposta se tornou, oficialmente, a rotina de numerosos trabalhadores brasileiros.
As empresas estavam economizando na infraestrutura e os trabalhadores ganhando tempo. A tecnologia se tornou a maior aliada e conectou os interessados. Neste momento, os empregadores já percebiam que este cenário geraria mais benefícios do que prejuízos para as empresas.
Porém, a cultura do isolamento social impactou de forma considerável – e bastante negativa, a vida de indivíduos do mundo todo, uma vez que não existe o intervalo para o cafezinho e interação com a equipe, nem a necessidade de se arrumar para ser bem visto pelo chefe ou colegas. Sequer a necessidade de dar “bom dia” para as pessoas.
O isolamento social no ambiente de trabalho pode ocasionar: ansiedade, depressão, solidão e até falta de incentivo e produtividade. Além do mais, no home office, não existe o “apagar das luzes”, nem o “até amanhã”. O momento de saber parar de trabalhar é mais difícil, pois a internet está sempre conectada e o WhatsApp na palma da mão. A estimativa é que, em home office, as pessoas trabalhem muito mais do que presencialmente. Tanto que, o Burnout foi oficializado como estresse crônico de trabalho.
Uma pesquisa efetuada pela LHH do Grupo Adecco, empresa suíça de recursos humanos que atua em 60 países, 38% dos jovens dizem ter sofrido da Síndrome de Burnout ao longo de 2021 e 32% dos entrevistados informaram que a saúde mental piorou significativamente por conta do trabalho à distância. Foram entrevistadas 15 mil pessoas em meados de 2021, em diversos países do mundo.
Dicas sobre como manter a saúde mental no home office
No contexto do home office, é fundamental que os trabalhadores adotem medidas efetivas para preservar sua saúde mental. Primeiramente, estabelecer uma rotina diária. Manter horários regulares ajuda a criar uma separação clara entre o trabalho e o tempo pessoal. Além disso, é crucial definir um espaço adequado para o trabalho, que seja livre de distrações e proporcione conforto ergonômico. A prática regular de pausas ativas e exercícios físicos é importante para reduzir o estresse e manter a energia mental. Além disso, manter uma comunicação aberta e saudável com colegas de trabalho e buscar apoio emocional quando necessário são ações essenciais para promover o bem-estar no ambiente de trabalho remoto.
É essencial, também, que os trabalhadores não deixem de lado os exames regulares de saúde, mesmo durante o home office. Consultas médicas e exames preventivos devem ser realizados, para garantir o monitoramento adequado da saúde física e mental. Da mesma forma, buscar terapia ou aconselhamento psicológico é altamente recomendado, pois pode oferecer suporte emocional, auxiliar na gestão do estresse e fornecer estratégias para lidar com os desafios específicos do trabalho remoto. Priorizar o autocuidado integral é crucial para a saúde mental e o bem-estar dos trabalhadores.
Fontes: CNN Brasil; Jornal Ouvidor; Exame.