Tem se tornado cada vez mais comum que mulheres deixem a gravidez para mais tarde. Se até os anos 1960, era comum a gravidez dos 18 aos 25 anos, atualmente, especialistas indicam que essa idade alterou para a faixa dos 20 a 30 anos.
Estudos, trabalho, estabilidade financeira e uso dos métodos anticoncepcionais que permitem escolher a hora de engravidar, influenciaram nas mudanças de comportamento feminino nas últimas décadas.
Porém, as chances de engravidar são mais reduzidas com o avanço da idade, e possuem mais riscos, o que inspiram cuidados mais atenciosos. Nesse cenário, o acompanhamento médico, desde quando o casal decide engravidar até a realização do pré natal merecem atenção.
Conheça os exames indicados para mulheres que decidem pela gravidez após os 35 anos.
Manter todas as vacinas em dia é a primeira indicação para mulheres que pretendem engravidar. Esse passo é importante para garantir a imunização contra doenças que podem prejudicar a gestação. Algumas vacinas não podem ser administradas durante a gestação, por isso, a mulher deve tomar, com pelo menos três meses de antecedência, as doses recomendadas de tríplice viral (contra sarampo, caxumba e rubéola), tríplice bacteriana (contra difteria, tétano e coqueluche ), hepatite A e B e influenza (gripe).
Os testes de sorologia fazem parte dos exames solicitados a mulheres grávidas para detectar doenças sexualmente transmissíveis. O HIV, por exemplo, pode ser transmitido de forma vertical para o bebê durante a gestação, no momento do parto e através do leite materno durante a amamentação. O diagnóstico e tratamento adequados reduzem as chances de transmissão do vírus a menos de 1% durante a gestação, segundo Ministério da Saúde.
Durante o acompanhamento no pré natal, são solicitados exames diagnósticos por imagem, como a ultrassonografia, que permite verificar as condições de formação e desenvolvimento do bebê.
Desde quando é confirmada a gravidez, é indicada pelo médico a realização do exame de ultrassonografia para verificar a se a gestação está sendo no útero e se a gravidez é unica ou multipla. Em casos de gravidez após os 35, são maiores as chances de gêmeos e trigêmeos.
Nos primeiros três meses, é indicada a realização da ultrassom transvaginal, que não afeta a saúde do bebê e tem como objetivo estimar o tempo gestacional com a margem de 5 dias de imprecisão.
A ultrassom de translucência nucal (TN) é realizada entre a 11ª e 13ª semana de gestação, quando o bebê mede entre 45mm e 54mm, onde é avaliado o tamanho da nuca do bebê. Com isso, é possível investigar a presença de doenças cromossômicas como a Síndrome de Down, por exemplo.
Entre 20 a 24 semanas, é realizada a ultrassom morfológica, que permite visualizar os órgãos internos do bebê, o número de dedos das mãos e dos pés e se existe alguma alteração cardíaca ou neurológica.
Assim como os exames de diagnóstico por imagens, durante o pré natal são indicados outros exames clínicos e laboratoriais complementares para garantir que esteja tudo bem com a saúde da mãe e seu bebê.
O exame de cariótipo fetal auxilia no diagnóstico de doenças genéticas, quando é verificada alguma alteração na ultrassom morfológica ou translucência nucal (TN). Para verificar os batimentos cardíacos do bebê, são indicados o ecocardiograma fetal e eletrocardiograma.
Em casos de suspeita de doenças genéticas e infecções, o exame de Amniocentese é realizado entre a 15ª e 18ª semana, através de amostras do líquido amniótico.
Já no exame de cordocentese, realizado entre a 18ª e 20ª semana, são retiradas amostras de sangue do cordão umbilical para verificar a presença de alguma alteração cromossômica, como a Síndrome de Down, ou doenças como rubéola, toxoplasmose, citomegalovirus e anemia fetal, por exemplo.
Seguindo todas as orientações médicas e realizando todos os exames de pré natal de acordo com a agenda de acompanhamento da gestação, é possível manter uma gravidez dos 35 de forma segura e tranquila. E você sabe o que é uma gravidez de risco? Saiba como identificá-la.