Apesar do tabu social e preconceitos que sempre envolveram a saúde da mulher, atualmente é amplamente divulgado que todas devem manter rotinas saudáveis e acompanhamento com ginecologistas para diagnosticar e prevenir doenças.
Muitas vezes, a visita anual ao médico e a realização de exames periódicos ajudam a evitar doenças graves como o câncer de colo de útero, também conhecido como cervical causado por alguns tipos de HPV (ou Papilomavírus Humano).
Geralmente, esse tipo de câncer é um dos três com maior incidência entre mulheres, atrás do câncer de mama e colorretal, segundo informações do Instituto Nacional de Câncer (INCA).
Uma das formas de detectar a doença de forma precoce e identificar lesões é o exame preventivo do câncer do colo do útero ou Papanicolau. Conheça a importância em realizá-lo e para quem é indicado.
O preventivo ou Papanicolau é um exame no qual são feitas análises laboratoriais de células coletadas no colo do útero. O exame é indolor, simples e rápido.
O que pode acontecer é um leve desconforto quando é feita a coleta do material com a espátula utilizada pelo médico, que deve deve realizar o procedimento de forma técnica e cuidadosa.
O exame preventivo é fundamental para identificação do câncer de colo do útero, uma vez que pode ajudar a reduzir a mortalidade nos casos em que a doença é identificada. Segundo o INCA, este tipo é o 4º causador de morte de mulheres com câncer.
Além disso, o exame de papanicolau auxilia na identificação de doenças sexualmente transmissíveis como a gonorreia, sífilis e clamídia, por exemplo.
Indicado para mulheres com vida sexual ativa, a partir dos 25 anos e deve ser realizado até os 64 anos. O Ministério da Saúde indica que sejam feitos dois anos seguidos e, caso os resultados sejam normais, podem ser realizados a cada 3 anos quando a mulher permanece com o mesmo parceiro sexual.
Mulheres grávidas podem realizar o papanicolau até o 4º mês de gestação e é indicado que seja realizado na primeira consulta de pré-natal.
A preparação do papanicolau inclui que a mulher não esteja menstruada e não tenha mantido relações sexuais em menos de 48 horas, pois a presença de sangue pode influenciar no resultado do exame.
São maiores as chances de sobrevivência de mulheres com câncer de colo do útero que são diagnosticadas pela realização exame de papanicolau: 92%, segundo pesquisa do British Medical Journal (BMJ), enquanto para as mulheres não diagnosticadas é de 66%.
Por serem doenças com sintomas que às vezes não são aparentes, a evolução pode se dar por sangramentos vaginais e após relações sexuais, secreções anormais, dores ao urinar e no abdômen.
Por isso, ao menos sinal de alterações como essas, é indicado procurar um médico ginecologista para realização dos procedimentos necessários, tanto para o diagnóstico de câncer, quanto para DSTs e infecções.
Após a realização da coleta das amostras, o material é enviado para laboratório e os resultados saem de 3 a 14 dias.
Em caso de positivo, significa que existem alterações na parede do colo do útero que podem indicar presença do câncer de colo do útero. Lembrando-se sempre que o exame é preventivo, ou seja, precisa de exames complementares para o diagnóstico como a colposcopia, por exemplo.
Só o médico responsável será capaz de avaliar os resultados demonstrados pelo exame e, casos de alterações, orientará a paciente ao tratamento mais adequado.
Além do câncer de colo de útero, o câncer de tireóide tem maiores chances de um tratamento assertivo quando identificado precocemente. Saiba quais são as suas causas e sintomas.